Obesidade infantil - doenças na fase adulta
Por Cristiane Rodrigues
Uma pesquisa feita recentemente com ratos de laboratório no Royal Veterinary College, na Grã Bretanha, revelou que a compulsão alimentar das mães por alguns alimentos (junk food) pode passar para os filhos. O estudo serve como alerta para que, desde a gravidez, as futuras mamães se policiem sobre os hábitos alimentares de seus pequenos, evitando que se tornem crianças obesas e adultos com inúmeros problemas provocados pelos quilos a mais.
Para a pediatra e nutróloga Nicole Gianini, do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal (Cetrin) da Rede Esho de Hospitais, nada é mais garantido do que fazer com que a criança crie, o quanto antes, o hábito de se alimentar com itens de boa qualidade, que produzem um benéfico para o organismo. “O excesso de carboidratos e alimentos gordurosos é muito ruim.
É fundamental balancear a dieta. Os riscos de doenças e os agravantes futuros para saúde podem ser evitados desta forma”, orienta a médica.
Ainda de acordo com a especialista, doenças como asma e a ocorrência de apnéia, por conta do esforço maior que o obeso faz para respirar, podem se dar em crianças. “As doenças mais comuns são a hipertensão e o diabetes. Mas existem estudos correlacionando obesidade e quadros mais freqüentes e graves de sibilância (asma). O mecanismo não está totalmente elucidado, mas há relação com a asma”, cita.
Hipertensão e diabetes, doenças que trazem imenso incômodo e muitas restrições, inclusive para os adultos, são as mais preocupantes, uma vez que o acesso fácil aos alimentos preferidos das crianças e dos adolescentes, inclusive em cantinas escolares, como batatas fritas, chocolates, sanduíches e fast food em geral facilita a alta dos níveis de colesterol e glicose desde cedo. “Há inúmeros fatores que estimulam ou geram a obesidade em uma criança, por isso é necessário se preocupar desde a gestação. A mãe diabética ou hipertensa, por exemplo, além de correr os riscos de morte e de dar à luz a um bebê prematuro, tem filhos mais predispostos à obesidade e hipertensão arterial”, alerta Nicole.
A médica explica que, se feita da maneira correta, a educação alimentar da criança pode ser simples e resultar em um organismo saudável, e um indivíduo com menos propensão a uma vida desconfortável e cheia de limitações. Ela lembra que uma gravidez com acompanhamento médico é fundamental. “E já após o nascimento, é preciso amamentar. Isso protege o bebê, pois o tipo de lipídio do leite humano é mais estruturado para o consumo no homem e pode ajudar na prevenção da obesidade. Porém, a educação alimentar deve ser contínua, com a estimulação do consumo de comida saudável para criança. Com o hábito ela certamente se tornará um adulto com mais saúde e disposição”, conclui Gianini.
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Como anda a alimentação do seu filho?
1. Seu filho reclama dos alimentos que você oferece nas principais refeições?
( ) Sim ( ) Não
2. A alimentação dele é pobre em frutas verduras e legumes?
( ) Sim ( ) Não
3. Você costuma diversificar e introduzir alimentos novos na refeição da criança?
( ) Sim ( ) Não
4. Seu filho costuma comer no fast food ou na cantina da escola toda semana?
( ) Sim ( ) Não
5. Você já sentiu necessidade de procurar um especialista para orientá-la sobre como estimulá-lo a consumir alimentos saudáveis?
( ) Sim ( ) Não
6. Seu filho possui algum problema de saúde como alta de colesterol ou diabetes?
( ) Sim ( ) Não
7. Você se propõe a fazer pratos diversificados e coloridos para atrair a atenção da criança?
( ) Sim ( ) Não
8. Ele está com sobrepeso ou é obeso?
( ) Sim ( ) Não
9. O consumo de refrigerantes na sua casa é diário?
( ) Sim ( ) Não
10. Seu filho já apresentou infecção alimentar?
( ) Sim ( ) Não
ResultadoMaioria das respostas SIM:
Alerta! Você precisa interferir urgentemente, porém com diálogo e de forma tranqüila nos hábitos alimentares de seu filho. Use alimentos saudáveis e coloridos, fazendo o prato ficar interessante (uma salada, por exemplo). Mostre à criança os benefícios comuns na vida de quem tem uma alimentação saudável. Dê exemplos. Aquele jogador de futebol preferido dele, que marca muitos gols, precisa estar em boa forma física para jogar, certo? Mostre-o que isso só é possível mantendo uma dieta saudável e balanceada e através da prática de exercício com orientação médica.
Outra boa dica é procurar um nutricionista e fazer uma avaliação. Faça do seu filho um campeão de saúde!
Maioria das respostas NÃO:
Parabéns! Seu filho está no caminho certo! Para que ele mantenha a alimentação saudável diversifique no preparo dos pratos. Estimule o consumo de saladas e frutas, além da prática de exercícios com orientação.
O futuro depende dos exemplos e práticas de hoje!
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